
ENTREVISTA COM LENINE:
Encostado na mureta lateral do auditório do Ibirapuera, Lenine fumava calmamente sua cigarrilha. Brilhava o olhar sempre que dizia algo. Parece que imagens passavam em sua cabeça e organizavam seu pensamento enquanto suas mãos mexiam bastante, quase como que para tentar segurar essas imagens. Sua fala é clara e objetiva, mas sem deixar de lado o tempero de todo bom artista. É um cronista visual; músico que queria ser Stanley Kubrick, que classifica suas composições como visuais e que escreve em sua fala tudo aquilo que suas canções escondem em versos e melodias.