27.8.12

Dave Matthews Band, o poder da boa música


Por Luciano Piccazio Ornelas 
Dave Matthews era um simples garçom em Charlottesville, uma pacata cidade dos EUA. No bar em que trabalhava, via ótimos músicos entrarem e saírem, e sonhava em tocar com eles um dia. Sim, Dave tocava violão. Tocava em seu próprio estilo, cantava de um jeito esquisito (que alguns definiam como grilo estridente) e assistia com admiração músicos famosos na região, como o baterista Carter Beauford e o guitarrista Tim Reynolds.

Um dia, decidiu tomar coragem e foi falar com Carter, já seu amigo, sobre suas músicas. “Então, estou querendo gravar um demo, o que você acha?”. Carter ouviu algumas músicas e ficou impressionado, especialmente com uma canção chamada Warehouse. Era em meados de 1992, quando os dois, mais o saxofonista LeRoy Moore decidiram tocar o projeto em frente. Convidaram um baixista que conheciam, mas este não podia. Este indicou um aluno para substituí-lo, de apenas 16 anos, Stefan Lessard.
Depois de muitos ensaios na garagem de Dave, foram gravar o tal demo. Boyd Tinsley, um violinista conhecido e querido dos outros músicos, foi convidado para fazer uma participação especial em uma música. Agradou tanto que acabou por se unir ao grupo.

E o nome? Ninguém sabia, uma ideia era pior do que a outra. Acabou por ficar aquele nome pelo qual todos da cidade já estavam os chamando, Dave Matthews Band (a banda do Dave Matthews).




De lá pra cá, um sucesso vertiginoso os acometeu. Por anos a fio a banda que mais lucrou com shows nos EUA (acima de Rolling Stones e U2), sendo um dos 100 artistas mais comercializados da história da música.



Com canções profundas e de arranjo apurado, sem contar na virtuose impressionante e ritmo assustador do violão de Dave Matthews, a mistura de rock, funk, blues, jazz e two steps faz sucesso mundo afora. Já vieram ao Brasil quatro vezes, país no qual acumulam uma legião de fãs.

Ao vivo, a banda é inigualável. Com solos de violino, sax e baixo e a bateria impecável de Carter (considerado um dos maiores bateristas do mundo), a banda deixa qualquer um com o mínimo de bom gosto musical de queixo caído. E não é pra menos, mesmo com tantos anos de estrada e com um sucesso tão estrondoso, continuam a valorizar a música e a colocá-la em primeiro lugar.


Há várias fases da banda, algo normal depois de tantos anos de carreira, mas indicaria, sem sombra de dúvida, o disco Crash como meu favorito – é o disco a ser ouvido em primeiro lugar. Com canções clássicas como Crash into Me, Tripping Billies, Two Steps e outras tantas, o álbum já se tornou um clássico.

Deixo vocês agora com a música So Much to Say, simplesmente fenomenal.(publicado no Area Geek http://www.areageek.com.br)

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