Arte Free em Bauru - Rappin Hood
Meu plano era dormir no início da noite e depois ir para o show da Rita Ribeiro, continuar no Teatro Municipal ao som do samba de raiz do quinteto em Branco e Preto e fechar a madrugada com o show da Céu.
Planos mudam, ainda bem. E, lá pelo início da longa noite – leia-se 22h – o som do parque Vitória Régia me inquietou. É ao lado de casa, fui conferir. Estava começando o show do Rappin Hood.
Olhei de longe no começo pois, confesso, tenho um certo preconceito com o hip hop. Nunca me atraiu muito. Mas já na primeira música percebi que não conseguiria mais sair de lá. Meio que sem me obedecer, minhas pernas se mexiam e me levavam ao som daquela mistura de rap, batucada de samba e reggae. Enquanto as letras hipnotizam, o som conduz.
É uma música leve e pesada, ao mesmo tempo. A leveza do ritmo. O peso da realidade das letras do poeta urbano. Ritmo envolvente, que pesa. Os arranjos, muito bons. Surpreendentes, como o sutil som de revólver sendo engatilhado ao fundo de uma das músicas. Palavra dura, que envolve e faz dança.
A certa altura do show, estava eu lá no meio, braços pro alto, cantando “É tudo no meu nome”, que pra mim é uma das melhores músicas.
O rapper conversa o tempo todo com o público, como se fossemos antigos conhecidos. Todo mundo dança e canta.
Não tem como não se envolver. Não dá pra ficar parado.
Depois, ainda fiquei para o show do Clube do Balanço – e sim, o nome fala por si. Samba-rock. Animado, dançante, uma delícia. Planos mudam, conceitos também. Que bom. E quando puderem, assistam a um show do Rappin Hood.
Custos:
R$: 0,00
Por Carol Bataier
Um comentário:
Planos mudam, assim como conceitos...frase perfeita,
ainda bem que somos essa metamorfose ambulante.
Nega saudades Mil!!
Te gosto muitooo!!
Me aguarde, se meus planos
derem certo...super bjus :p
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