Os quatro artistas que participam da exposição são: Margarita Farré, Luis Bayón, Pascualet e Paulino Lazur. A história de vida de cada um está diretamente relacionada com o Brasil. Margarita, por exemplo, só iniciou sua formação artística neste país. Ela trabalha com bronze patinado e trata de temas cotidianos e onipresentes na rotina de qualquer brasileiro. A obra “fila”, por exemplo, reproduz com fidelidade o sufoco que passamos rotineiramente em busca de qualquer serviço ou produto. Porém, a escultura “Decisão por pênaltis” foi a que mais me chamou a atenção, uma vez que os “bonecos” de Margarita passam uma emoção digna deste momento clássico e tão marcante na memória de qualquer pessoa que acompanha futebol mesmo a distância. 
No lado esquerdo do espaço cultural do Instituto estão os quadros de Paulino Lazur. Com pequenas descrições manuscritas pelo próprio autor, a abstração aparente se torna cheia de simbolismo e incorpora leituras interessantes e até bem humoradas em alguns casos. Há referências curiosas em todas as obras: desde o lugar em que viveu no Brasil, Guarulhos, até o poeta pernambucano Manuel Bandeira. São pinturas com ligações entre si e que caracterizam a produção deste artista espanhol.
Já as peças de Luis Bayón são interessantes, porém considero um erro colocá-las nessa exposição, já que é pouco perceptível a ligação de culturas. Ou seja, o objetivo da exposição não é conquistado completamente e perde um pouco de sentido. Entretanto, no fim é possível captar a variedade de ligações entre as duas culturas tão próximas e tão distantes, mas que conseguem unir-se através do talento. As transposições, objetivo dos curadores, são facilmente vistas e sentidas através da arte.
Transporte: R$0,00 (fui e voltei a pé)
Total: R$0,00
Nota – 8
Imagens de divulgação









