31.5.12
DICA FREE:RICARDO HERZ NA FNAC DA PAULISTA
A forma como um violino se ajeita no corpo de quem toca já conta boa parte da história de ambos. Ricardo Herz faz gato e sapato do dele. Há muita confiança entre eles. E é dessa forma que saem os irreverentes sambas, chorinhos, xotes e o que vier. Uma delicia ouvir. Hoje, quinta, às sete e meia da noite, na Fnac da Paulista.
30.5.12
DICA FREE: POESIA NO CENTRO DA TERRA
Sarau do Centro da Terra traz a atmosfera do século XIX e inspira-se em Noite na Taverna, livro Álvares de Azevedo - contos macabros, histórias de amor, lascivia e morte - para receber seus convidados. Durante uma hora e quinze minutos, Ricardo Karman e Sergio Basbaum e participantes reunem - se ao redor de uma mesa para beber e conversar, recitar suas poesias e cantar suas músicas. Começa as 20h30. No teatro do Centro da Terra. Hoje, terça
29.5.12
DICA FREE: MESTRES DO CINEMA MEXICANO
Até o dia 3 de junho fica em cartaz a mostra Mestres do Cinema Mexicano exibida na Cinemateca Brasileira em parceria com o Consulado Geral do México em São Paulo. As estrelas da mostra são o diretor Luis Buñuel e o ator El Santo. Hoje, terça, em dois horários 19h e 21h os Anónimo Mortal e Subida ao Céu.
28.5.12
DICA FREE:La caperucita roja
Hoje, segunda especial: o grupo cubano Teatro Nacional de Guinol faz única apresentação, no Espaço Sobrevento, com o espetáculoLa caperucita roja, às 8 da noite. Com uma bagagem considerável, mais de 150 titulos apresentados em mais de 20 paises,o grupo formado em 1963 é referência histórica no Teatro de bonecos de Cuba. Pela primeira vez no Brasil.
26.5.12
DICA FREE: NAU DE ÍCAROS E FILARMÔNICA DE PASÁRGADA
Muita coisa boa pra ver e ouvir no final de semana! Destaque para a Cia Nau de Icaros, com o espetáculo Menor que o Mundo, no Sesi da Paulista. Trabalho baseado na obra de Carlos Drumond de Andrade, fica até julho em cartaz, sábados e domingos às 16 hs. Hoje, sábado, tem também Filarmônica de Pasárgada, banda premiada formada por alunos da USP que apresenta composições de Marcelo Segreto. Às 16h30, Fundação Cultural Ema Gordon Klabin
23.5.12
Música
A salvação está em Mumford and Sons?
Por Luciano Piccazio Ornelas
"Mumford and Sons é a salvação da música”. Ao ler esta frase em uma entrevista dada por Neil Young ao MTV News, pensei em uma série de coisas. Mas, sem dúvida, a primeira delas foi procurar na net e descobrir quem eram estes caras.A minha busca não foi vã. Descobri uma banda como quem descobre uma flor bonita em um jardim abandonado, ou como aquele que encontra uma bela menina de olhos azuis em meio ao caos de São Paulo.
Baladas suaves, tocadas com fogo e instrumentalizadas com banjos, pianos, baixos, vocais dobrados em muitos momentos. Bateria, quando muito, em alguns momentos. A banda traz uma mistura de folk e rock, num ritmo de marcha que leva o ouvinte a prestar atenção às letras – como quando vai conduzindo o ouvinte até gritar baixinho “Awake my soul” (acorde a minha alma).
As letras, por sinal, são a cereja do bolo. Parar e analisá-las uma a uma é crucial a homens e mulheres que pretendem ser melhores seres humanos. Que tal pensar na frase “If only I had an enemy bigger than my apathy I could have won” (Se apenas eu tivesse um inimigo mais poderoso que minha apatia, poderia ter vencido”. E as letras são, todas, um grito para que acordemos. Mas um grito suave, como alguém que, sussurrando ao ouvido, lhe dissesse que o mundo está caindo.
A banda surgiu em 2007. Apenas em 2009 lançou seu primeiro álbum, Sigh no More. Em 2010 foram lançados nos EUA, e já conseguiram duas indicações para o prêmio Grammy. É mole? Fica a dica: Mumford and Sons, especialmente as músicas: Awake my Soul, Little Lion Man, White Blank Page, I Gave You All. (publicado no Area Geek)
DICA FREE
Zabumbão na Olido
Pra quem mora pelas redondezas da Galeria Olido, na av. Sao João, a pedida é o Trio Zabumbão. Fabio Freire Miguel na voz e zabumba, Acrísio de Sá na sanfona e José de Andrade no triângulo prestam homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Promete! Às 19h
Pra quem mora pelas redondezas da Galeria Olido, na av. Sao João, a pedida é o Trio Zabumbão. Fabio Freire Miguel na voz e zabumba, Acrísio de Sá na sanfona e José de Andrade no triângulo prestam homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Promete! Às 19h
20.5.12
Dia Internacional dos Museus
GUGGENHEIM, UMA IMENSA INSTALAÇÃO
Por Helena Piccazio
Um elevador me leva até a rua de cima. Ando mais um pouco dando a volta no prédio super modernoso, passo pela enorme escultura de flores em forma de cachorro e leio na placa: Sarrera - Entrada - Entrance, com uma flecha indicando a escada. As três línguas da placa são basco, espanhol e inglês, me dizendo que cheguei ao Museu Guggenheim de Bilbao.
Hoje todo o museu que se preza, em todo o mundo, está com a entrada gratuita. Eu tinha só três horas, então escolhi o mais badalado, o principal cartão de visitas da cidade basca e por ser ele mesmo uma obra de arte do arquiteto americano Frank Gehry. A arquitetura do Guggenheim de Bilbao é tão famosa que para muitos críticos de arte o show de verdade é o edifício e nem tanto as exposições.
O prédio do Guggenheim se vê de longe, com tijolos de metal amarelado (titânio) que sugerem escamas de peixes, vidros enormes, formas que lembram embarcações navegando nos profundos 30 centímetros dos espelhos d'água que contornam o prédio. É lindo! Mesmo! É tão lindo dentro quanto fora, muitos balcões em formato de mezanino conectando os ambientes, aumentando ainda mais o espaço e permitindo a exibição de obras de formas e tamanhos bem variados e que podem ser observadas de diferentes ângulos.
Na sala que entrei em seguida, a mesma coisa. Bom, dizer sala não era o caso, um lugar imenso, um galpão gigantesco. Na minha frente eu só via estruturas marrons enormes, como se fossem paredes de metal ou madeira - até agora não sei. Eram bem altas e tinham entradas que, como portas, nos convidavam. Irresistível, entrei!
Na direção oposta, um menininho todo contente brincava com os pais dentro da obra de arte. Segui meu trajeto e entrei em outra e mais outra escultura até descobrir que cada uma das obras fazia parte de uma única instalação, incluindo os painéis lá da frente. No andar de cima, um balcão de onde se podia ver toda a instalação do artista Richard Serra: os desenhos e labirintos que esses painéis formavam.
No ambiente seguinte, obras carregadas de questionamentos ideológicos, políticos, econômicos e sociais. Gostei muito do trabalho do britânico Richard Long, chamado Bilbao Circle - Delabole slate, de 2000. Centenas de pedaços de ardósia formando um círculo enorme no chão.
Fazendo parte da coleção do museu, uma série de obras de um pintor cujo tema, só depois fui saber, eram Lênin e Stalin. Mas essa não prendeu muito minha atenção. No segundo andar, acima da dupla russa, a sala da exposição principal "David Hockney: Una Visión Más Amplia". Assim que entrei, dei de cara com uma tela enorme e coloridíssima do Grand Canyon, uau! Lindo! O britânico sempre foi fascinado por paisagens e aqui encontramos 50 anos delas. E muita cor, uma explosão maravilhosa de cores! Fico em posição para fotografar o Grand Canyon e logo no primeiro clique avisam que não é permitido. Fazer o quê? Guardei a câmera, olhei o resto da sala, ainda mais uma vez o lindo e colorido Grand Canyon e fui para o próximo ambiente, onde era exibido um vídeo estranho.
Hockney transportou a idéia da foto-colagem para a era digital. Utilizou filmadoras posicionadas em seu jipe e saiu registrando paisagens em diversas épocas do ano. O resultado foi apresentado em 18 telas arrumadas em 3 fileiras horizontais de 6 telas cada, uma grudadinha na outra. Ele também filmou bailarinos no seu estúdio, em 18 perspectivas diferentes. As de natureza são bem mais bonitas... e a idéia muito interessante.
Em meio às cores, me deparo com alguns esboços em carvão, preto no branco. As cores que o artista utiliza são lindas, mas meu fraco por preto e branco é muito forte, foram os que achei mais bonitos. É... além de colorir bem, ele também desenha bem.
Alcanço os últimos trabalhos expostos e quando vou observá-los, algo me parece estranho no traço. Chego mais perto, mas que técnica é essa que a pincelada parece um traço de caneta, mas não é pintura? Cadê a legenda? Vou atrás da explicação escrita na parede: iPad. São desenhos feitos no iPad e impressos em tamanho grande. Gostei mais das pinturas pinceladas (ok, os desenhos em carvão...).
Hockney visto, vamos ao último andar saber do que se trata "El Espejo Invertido". Imaginava ali escolher um trabalho de espelhos para uma foto bem legal de abertura da matéria no Arte free, mas na verdade a obra que dá título aos trabalhos contemporâneos - a única usando espelhos - é um espelhão normal, mas gigante, dividido em 4, apoiados na parede. Me detenho na legenda da obra que discute a questão dos reflexos, o que você reflete, no que você se reflete, do espelho que continua a refletir a imagem, mesmo quando ninguém está ali refletindo intencionalmente sua própria imagem (Einstein discutiria isso). Mesmo assim não achei a obra do artista suficientemente forte para discutir a questão, cansei de me olhar no espelho e fui ver o resto.
Mesmo pequena em relação à mega exposição do Hockney, a parte de fotografias da mostra tinha algumas experimentações interessantes, e uma linda foto de uma mulher muito negra amamentando dois bebês, envolta num tecido muito vermelho, sentada numa cadeira antiga de ébano. Fiquei tão impactada que esqueci de anotar o nome do autor. Em relação às pinturas gostei das duas obras de Antoni Tàpies e um quadro de um pintor catalão. Eu tinha visto tudo, ou quase.
O Museu estava lotado com gente de todos os cantos, idades e jeitos. As pessoas que ali trabalhavam eram gentis. Gostei das exposições e saí de lá feliz em conhecer um Museu e um artista novos (David Hockney). Passei na lojinha para alimentar minha coleção de cartões postais, depois fui ver a famosa aranha, enorme escultura símbolo do museu e da própria cidade e olhar novamente o prédio do lado fora.
É... talvez aqueles que dizem que o grande atrativo do Museu Guggenheim de Bilbao é a arquitetura tenham razão!
Nota: 8
Custo: 1,90 euros (por 2 cartões postais, 0,95 cada um), fui e voltei à pé.
Por Helena Piccazio
Desço ao hall do hotel, vou até porta e olho o céu: cinza. Olho o ar: molhado. Olho pra direita: é pra lá que eu vou. Caminho em direção à ponte de Santiago Calatrava em forma de espinha de peixe e a atravesso olhando ainda pra direita e ainda com aquele vento meio garoa meio chuva, bem chato.
Um elevador me leva até a rua de cima. Ando mais um pouco dando a volta no prédio super modernoso, passo pela enorme escultura de flores em forma de cachorro e leio na placa: Sarrera - Entrada - Entrance, com uma flecha indicando a escada. As três línguas da placa são basco, espanhol e inglês, me dizendo que cheguei ao Museu Guggenheim de Bilbao.
Hoje todo o museu que se preza, em todo o mundo, está com a entrada gratuita. Eu tinha só três horas, então escolhi o mais badalado, o principal cartão de visitas da cidade basca e por ser ele mesmo uma obra de arte do arquiteto americano Frank Gehry. A arquitetura do Guggenheim de Bilbao é tão famosa que para muitos críticos de arte o show de verdade é o edifício e nem tanto as exposições.
O prédio do Guggenheim se vê de longe, com tijolos de metal amarelado (titânio) que sugerem escamas de peixes, vidros enormes, formas que lembram embarcações navegando nos profundos 30 centímetros dos espelhos d'água que contornam o prédio. É lindo! Mesmo! É tão lindo dentro quanto fora, muitos balcões em formato de mezanino conectando os ambientes, aumentando ainda mais o espaço e permitindo a exibição de obras de formas e tamanhos bem variados e que podem ser observadas de diferentes ângulos.
Na sala que entrei em seguida, a mesma coisa. Bom, dizer sala não era o caso, um lugar imenso, um galpão gigantesco. Na minha frente eu só via estruturas marrons enormes, como se fossem paredes de metal ou madeira - até agora não sei. Eram bem altas e tinham entradas que, como portas, nos convidavam. Irresistível, entrei!
Exposição "A Matéria do Tempo", com obras
feitas entre 2000 e 2005, de Richard Serra, EUA
|
No ambiente seguinte, obras carregadas de questionamentos ideológicos, políticos, econômicos e sociais. Gostei muito do trabalho do britânico Richard Long, chamado Bilbao Circle - Delabole slate, de 2000. Centenas de pedaços de ardósia formando um círculo enorme no chão.
Círculo de Bilbao - Ardósia de Delabole (2000)
de Richard Long
|
David Hockney, suas cores e seus vídeos |
Em meio às cores, me deparo com alguns esboços em carvão, preto no branco. As cores que o artista utiliza são lindas, mas meu fraco por preto e branco é muito forte, foram os que achei mais bonitos. É... além de colorir bem, ele também desenha bem.
Alcanço os últimos trabalhos expostos e quando vou observá-los, algo me parece estranho no traço. Chego mais perto, mas que técnica é essa que a pincelada parece um traço de caneta, mas não é pintura? Cadê a legenda? Vou atrás da explicação escrita na parede: iPad. São desenhos feitos no iPad e impressos em tamanho grande. Gostei mais das pinturas pinceladas (ok, os desenhos em carvão...).
Hockney visto, vamos ao último andar saber do que se trata "El Espejo Invertido". Imaginava ali escolher um trabalho de espelhos para uma foto bem legal de abertura da matéria no Arte free, mas na verdade a obra que dá título aos trabalhos contemporâneos - a única usando espelhos - é um espelhão normal, mas gigante, dividido em 4, apoiados na parede. Me detenho na legenda da obra que discute a questão dos reflexos, o que você reflete, no que você se reflete, do espelho que continua a refletir a imagem, mesmo quando ninguém está ali refletindo intencionalmente sua própria imagem (Einstein discutiria isso). Mesmo assim não achei a obra do artista suficientemente forte para discutir a questão, cansei de me olhar no espelho e fui ver o resto.
Mesmo pequena em relação à mega exposição do Hockney, a parte de fotografias da mostra tinha algumas experimentações interessantes, e uma linda foto de uma mulher muito negra amamentando dois bebês, envolta num tecido muito vermelho, sentada numa cadeira antiga de ébano. Fiquei tão impactada que esqueci de anotar o nome do autor. Em relação às pinturas gostei das duas obras de Antoni Tàpies e um quadro de um pintor catalão. Eu tinha visto tudo, ou quase.
O Museu estava lotado com gente de todos os cantos, idades e jeitos. As pessoas que ali trabalhavam eram gentis. Gostei das exposições e saí de lá feliz em conhecer um Museu e um artista novos (David Hockney). Passei na lojinha para alimentar minha coleção de cartões postais, depois fui ver a famosa aranha, enorme escultura símbolo do museu e da própria cidade e olhar novamente o prédio do lado fora.
É... talvez aqueles que dizem que o grande atrativo do Museu Guggenheim de Bilbao é a arquitetura tenham razão!
Nota: 8
Custo: 1,90 euros (por 2 cartões postais, 0,95 cada um), fui e voltei à pé.
14.5.12
DICA FREE: EM SAMPA, CABE TODO MUNDO
Li no Estadão sobre a 10a Semana Nacional dos Museus.
Animada, fui ao site da Secretaria para
pescar os museus da cidade que, na próxima sexta, dia 18, terão entrada
gratuita e a programação especial com o tema “Cosmópolis: em São Paulo cabe o mundo”.
Participam da semana 1.006 instituições em 500
municípios, sob o olhar do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Abaixo a lista dos museus que abrem gratuitamente na
sexta, em São Paulo. Peguei no www.museus.org.br
Arquivo histórico judaico brasileiro
rua estela sezefreda, 76 - pinheiros
Casa da imagem de são paulo
museu da cidade
rua roberto simonsen, 136-b - sé
Casa guilherme de almeida -
centro de estudos e tradução literária
rua macapá, 187 - perdizes
Catavento cultural e educacional
pça civica ulisses guimarães, s/n -
palácio das indústrias - parque
Centro cultural banco do brasil
rua álvares penteado, 112 - centro
Centro de memória fundação
dorina nowill para cegos
rua doutor diogo de faria, 558 - vila
clementino
Cric art
rua santo alberto, 395 - casa -
santo amaro
Espaço perfume: arte história
Estação museu
rua da consolacao, 2825 - sala 141 -
cerqueira cesar
Fundação cultural ema gordon klabin
rua portugal, 43 - jardim europa
Fundação maria luisa e oscar americano
av. morumbi, 4077 - esquina com rua
joaquim cândido de azevedo marques -
morumbi
Instituto butantan
avenida vita brasil, 1500 - butanta
Memória do gás
rua capitão fautino de lima, 134 - brás
Memorial da inclusão
avenida auro soares de moura andrade,
564 - portão 10 - barra funda
Memorial da resistência de são paulo
largo general osório, 66 - luz
Mube - museu brasileiro da escultura
av. europa, 218
- jd. europa
Mube virtual
rua mauá, 836 - casa 33 - luz
Museu belas artes de são paulo
rua dr. álvaro alvim, 76 - vila mariana
Museu biológico do instituto butantan
av. vital brasil, 1.500 - butantã
Museu brasileiro da escultura
rua alemanha, 221 - jardim europa
Museu da abadia são geraldo
rua santo américo, 357 - portaria 3 -
jardim colombo
Museu da caixa
pça da sé, 111 - 6º andar - centro
Museu da educação e do brinquedo
av. da universidade, 308 - bloco b
sala 38 - butanta
Museu da energia de são paulo
alameda cleveland, 601 - campos elísios
Museu da imagam e do som
avenida europa, 158 - jardim europa
Museu da língua portuguesa
praça da luz, s/n - luz
Museu da pessoa
rua natingui, 1.100 - vila madalena
Museu de anatomia veterinária
prof dr plínio pinto e silva da fmvz-usp
av prof dr orlando marques de paiva,
87 - butantan
Museu de arte contemporânea da usp
av. pedro álvares cabral, 1301 -
ibirapuera
Museu de arte mágica, ilusionismo,
prestigitação e ventriloquia
rua silva bueno, 519 - cj. 42 salas: 1, 2, 3 e
4. ipiranga
Museu de arte moderna de são paulo
parque do ibirapuera, s/n - portão 3 -
ibirapuera
Museu de história dos
salesianos no brasil
largo coração de jesus, 140 - junto ao
santuário sagrado coração e liceu
coração de jesus - campos elíseos
Museu de microbiologia
av. vital brasil, 1500 - butantan
Museu de zoologia da usp
av. nazaré, 481 - ipiranga
Museu do tribunal de justiça
praça clóvis bevilacqua, s/n - palácio
da justiça de são paulo - centro
Museu histórico
av. dr. arnaldo, 455 - 4º andar -
sala 4306 - cerqueira césar
Museu histórico do instituto butantan
av. vital brazil, 1500
- butanta
Museu judaico de são paulo
rua martinho prado, 128 - centro
Museu lasar segall
rua berta, 111 - sp - vila mariana
Museu oceanográfico
praça do oceanográfico, 191 - cidade
universitária - butantan
Museu paulista da usp
parque da independência,
sem número - ipiranga
Museu penitenciário paulista
av. gal. ataliba leonel, 556 - carandiru
Museu vicente de azevedo
rua dom luis lasagna, 300 - ipiranga
Musial - museu do instituto adolfo lutz
avenida dr. arnaldo, 355 -
edifício central - 1º andar -
sala 58 - cerqueira cesar
Paço das artes
av. da universidade, 1
-
cidade universitária
Palácio dos bandeirantes
av. morumbi, 4500 - sala 78 - morumbi
Pavilhão das culturas brasileiras
avenida pedro álvares cabral, s/n - parque ibirapuera
- vila mariana
Pinacoteca do estado de são paulo
praça da luz, 2
- centro
Solar da marquesa de santos (mcsp)
rua roberto simonsen, 136 - centro
11.5.12
A poesia é risco: em defesa de Leminski
Por Bruna
Piccazio
Tudo que há
de Paulo Leminski me interessa. Principalmente seus poemas. E me chamou a
atenção o fato de um livro dele, Catatau, estar inserido na programação da Casa
das Rosas, durante a Virada Cultural.
Saber que ele seria lido na integra, durante algumas horas,me causou inquietação.
Às vezes,
dentro de um poema inteiro de Leminski, uma ou duas palavras saltam do texto,
libertam-se do conteúdo poético abordado e tornam- se significativas para mim.
Estas poucas palavras realmente são transferíveis para os conteúdos de minha
própria existência e reflexão.
Assim penso
a leitura de um livro seu, usufruído lentamente, da maneira como algumas
expressões e frases são organizadas por ele.
Fui até a
Casa das Rosas, quis saber o que se passava e, por isso, fiz a seguinte
pergunta a Frederico Barbosa, o diretor do Espaço e organizador do evento:
"Fred, você acha que todo mundo vai
ficar aqui sentado do lado de fora da
Casa, das 22h da noite até as 10h da manhã ouvindo a leitura integral do
livro?"
Ele que,
também, e antes de mais nada, é um consagrado poeta, deu risada, e disse que o Catatau é um livro
especial e bem poético. Disse ainda que
não esperava mesmo que alguém ficasse do começo até o final. Imaginei, então,
que, o propósito fosse proporcionar pequenos momentos de fruição para quem lá
resolvesse assentar o traseiro.
A leitura
feita por três jovens em microfones, vomitava o livro todo, sem parar. O que
restava então era relaxar, e pescar algum
enredo. Na mesa dos leitores, café, guaraná e vinho.
Resolvi me
entregar, pesquei os micro enredos que me importavam e viajei nas portas que se
abriam para minha imaginação.
Na
programação, o show do compositor e
produtor musical Cid Campos, filho do grande poeta Augusto de Campos, e sua
banda. Segundo a descrição do evento: “A poesia concreta comparece com destaque
através da musicalização e/ou oralização de poemas de Augusto e Haroldo de
Campos, José Grunewald e Ronaldo Azeredo”.
De fato,
percebemos, ao longo do show, a convivência harmoniosa entre letra e melodia em
que ambas não ficam juntas a música inteira, uma cede à outra de vez em quando,
criando-se, assim, uma impressão de espaço de declamação. Parece, até, que a
poesia entra para descansar os músicos da porrada na bateria ou para descansar
os ouvidos de todos da quantidade de notas musicais arranjadas para as músicas.
Porém, a banda não perde o ritmo, seja dentro da melodia, ou na cadência das palavras.
O trabalho
do quarteto lembra muito as músicas de Tom Zé que têm essa relação com a
poesia. Aliás, Cid Campos também trabalhou com Tom Zé, e, entre outros: Adriana
Calcanhoto, Walter Franco, Péricles Cavalcanti.
Os
passantes da Casa das Rosas e o público sentado nas cadeiras, dentre eles,
crianças e velhos, ouviam de Cid Campos,de repente: “estuprou o meu hímem” e muitas outras sinceridades poéticas dos grandes poetas.Que,aliás, deveriam ser consideradas
palavras e conteúdos normais e usualmente abordados. Mas, não. Infelizmente.
A
irreverência dos músicos é, na verdade, a irreverência da poesia e de suas
críticas e denúncias. O que faz Cid Campos é dar voz à poesia, através da
música, que, das artes, é uma das menos periféricas e uma das mais consumidas.
A
apresentação foi um sucesso, na medida em que a poesia aflorou através da
oralização e conexão de sons com palavras. O mais impactante e significativo
que havia ali eram as palavras. O show foi feito a partir dos três Cds de Cid
Campos: Poesia é Risco, No Lago do Olho e Fala da Palavra. O músico participou,
também, dos grupos: Papa Poluição, Sexo dos Anjos, Zipertensão.
5.5.12
EXPLOSÃO CULTURAL NA MADRUGADA PAULISTANA!
Hoje São Paulo ferve até amanhã!
São milhões de coisas pra ver e ouvir das 18h de hoje até depois das 18h de amanhã (5 e 6 de maio, esse fim de semana). Tem arte de todo o canto do mundo! E em todo canto da cidade! E como tem realmente muita, mas muita coisa mesmo, a agenda deles não coube na nossa e aqui vai o link para o site da Virada Cultural 2012, onde se encontra a programação completinha dessas intensas 24 horas.
Mas como maio não tem só os dias 5 e 6, dá uma olhadinha na nossa agenda pra saber o que tem de bom em Sampa no resto do mês. E certifique-se de que a casa esteja fornida de muito café no dia 7, segunda-feira de manhã...
http://www.viradacultural.org/
http://www.viradacultural.org/
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