Por Claudia Piccazio
Como sempre a sala de exposições da Caixa Cultural do Conjunto Nacional, na Paulista, pega a gente de surpresa. Lá, até dia 4 de março, estará a mostra 7X Cidades. Com obras de sete artistas brasileiros, três deles moram em São Paulo, Gregório Gruber, Marilda Passos e Rubens Ianelli; um em Ouro Preto, Carlos Bracher; dois em Goiania, G Fogaça e Marcelo Solá e Laura Michelino que mora em Paris.
Como sempre a sala de exposições da Caixa Cultural do Conjunto Nacional, na Paulista, pega a gente de surpresa. Lá, até dia 4 de março, estará a mostra 7X Cidades. Com obras de sete artistas brasileiros, três deles moram em São Paulo, Gregório Gruber, Marilda Passos e Rubens Ianelli; um em Ouro Preto, Carlos Bracher; dois em Goiania, G Fogaça e Marcelo Solá e Laura Michelino que mora em Paris.
Todos talentosos e todos artistas, fazedores de Arte quando pensamos em Arte como a expressão de seu tempo. As telas azuis de Fogaça, logo na entrada, atraem por uma explicita beleza na exibição de cores que junto às agitadas pinceladas interpretam o caótico de uma metrópole. Sem nuances. Está tudo ali.
Dentro da galeria, o primeiro impacto com o trabalho de Marcelo Solá. Poucos traços. Ele utiliza a escrita nas telas como forma de revelar o transbordamento das cidades misturado ao transbordamento de quem as habita e assim estão lá representados o “Ministério das Relações Obscuras”, “O Centro de Referência do Nada”, "Ínstituto Lesera”, “Centro Bipolar Neuza”, “Lexotania”. Muito bom, o meu preferido.
Na verdade, as obras dos sete artistas são belíssimas. Marilda Passos e suas telas sofisticadas em tons amarronzados amarelados perscrutam o movimento das construções. O olhar frio, gelado, geladíssimo de Gregório Gruber a denunciar o eco vazio das cidades, ou as cidades em seus momentos mais intimos. Carlos Bracher, ao contrário, fantasia a cidade em cores, como se fosse um cortejo de maracatu. Rubens Vaz Ianelli, alegre e lúdico trabalha de maneira minuciosa as cidades perdidas e finalmente Laura Michelino mostra, em aquagravuras, a massa e vigor de que são feitas as cidades para que possam sobreviver.
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