Você coloca o fone do
celular no ouvido e fecha os olhos. Ai começa a emoção, o áudio binaural recria a sensação de
tridimensionalidade do espaço e o efeito é retumbante: o ouvinte percebe as
cenas com profundidade sonora realista, como se ele estivesse participando da trama. Os sons são reproduzidos de forma idêntica à captação
pelo ouvido humano.
Pois é. No próximo
dia 31, terça-feira, às 19h, será o lançamento oficial do aplicativo O Enigma Voynich, um seriado cuja proposta é levar
a dramaturgia do palco para os celulares.
O aplicativo é gratuito e levará o audioespectador a
participar de um roteiro cheio de ação e suspense onde o personagem principal, um historiador especialista
no manuscrito Voynich -livro misterioso- , se envolve em um detetivesco enredo.
A história se passa ao longo de 32 anos da vida do personagem (de 1983 a 2015).
A ExCompanhia de Teatro, fundada e dirigida por Bernardo
Galegale e Gustavo Vaz, é responsável
pelo criação do aplicativo e fará seu lançamento pela internet, na sala
Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, com apresentação e demonstração
do projeto, bem como conversa informal com o público.
Logo após o evento, o aplicativo - compatível com os sistemas
iOS e Android - será disponibilizado para maiores de 16 anos. O Enigma Voynich
mistura narrativa ficcional, grafite digital e áudio 3D.
Mas há ainda outras
novidades. Para acompanhar alguns episódios
da serie é preciso ir pessoalmente a alguns locais indicados como a biblioteca Mário de Andrade, a Sérgio Milliet (no CCSP) e a Viriato Correia, só assim as cenas poderão ser acessadas. Nesse caso, o
aplicativo usa uma ferramenta de geolocalização para desbloquear os episódios,
automaticamente.
O Enigma Voynich promete sensações quase reais como ser
atingido por socos, tiros, cenas de amor, ser submetido a uma cirurgia, sofrer
a ameaça de cães raivosos.
E tem mais. O
primeiro contato com O Enigma Voynich é visual, a partir de desenhos em grafite
digital que situam o local onde a ação transcorre e mostram a posição em que a
cena deve ser escutada – de pé, sentado, deitado. Esses desenhos foram criados especialmente
para o projeto pelo artista visual Achiles Luciano.
O projeto propõe
discussão sobre a excessiva transferência da memória humana para o universo
digital, a partir de um constante registro de experiências diárias em vídeos e
fotos, diminuindo a vivência da própria experiência enquanto ela acontece. Além
disso, o formato da obra propõe a divisão da ideia do audiovisual em duas
partes para que o público, por conta própria, una som e imagem usando a imaginação.
Eu vou! Quero só ver, ou melhor ouvir, a novidade! O evento é gratuito
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