
O dia estava esquisito, morno, mole e melancólico. Assim, indo a pé pelas ruas cheias de vento, cheguei ao Centro Cultural Vergueiro, às sete da noite, uma hora antes, para pegar o ingresso da sessão de cinema.
Ninguém por lá, sem fila. A bola da vez era uma peça de teatro, em promoção, a R$ 1,50. Ali sim, tinha fila, todo mundo sentado no chão esperando.
O filme que eu iria assistir faz parte do repertório do diretor americano Robert Altman, que morreu o ano

A sessão de De Corpo e Alma começou pontualmente às 20 horas e, quando terminou, a sensação mais forte era de que o filme não havia dramatizado o que interessava e também não dramatizara o que não interessava.
Parece complicado? Simples. Ali, mostrou-se essencial a relação entre a dançarina talentosa – mas que para sobreviver trabalha como garçonete em uma boate de balada - e o chef de cuisine. Porém, o romance entre os dois acontece de forma quase invisível, rápida, sem ruído ou conflitos marcantes, nos intervalos de um entorno multicolorido e semi glamuroso de uma companhia de dança – cujo trabalho ocupa a maior parte do filme.
A cena do Reveillon, quando Ry, a protagonista (Neve Campbell), chega em casa muito tarde e encontra o namorado dormindo, depois de ter arrumado uma mesa para os dois. Ela simplesmente deita-se ao lado dele no sofá e tudo bem. Tranqüilo, da vida.
Todas as situações que poderiam merecer, ou teriam chance de merecer, u

Altman não coloca lente de aumento em nada, nem mesmo na apresentação dos espetáculos. E esse é o aspecto que mais chama atenção durante todo o filme.
De corpo e Alma vale para saber como o diretor desglamouriza o filme, do começo ao fim. O trabalho é competente principalmente porque se trata de um tema lotado de glamour
Nota 8
Custos
Fui e voltei a pé
Donuts – R$ 3,50
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