São Paulo das doces lembranças
São Paulo fosca, de paixões infantis e sonhos distantes. Com cores esfumaçadas, Gregório Gruber traça uma cidade que faz a imaginação e a memória se cruzarem. Para quem vive nessa metrópole, as cenas têm um impacto ainda maior: Masp, São Bento, Gasômetro (ao lado), centro, tudo é inspiração, tudo é cenário.
Uma criança desce de bicicleta uma rua semideserta. Os pequenos sobrados com suas janelas abertas mostrando o televisor ligado revelam identidades semelhantes de famílias com histórias distintas. E parecidas.
São Paulo de Gruber é a cidade que nós pensamos quando estamos fora dela. Aquela cidade gostosa, cuja lembrança nos acalma. O quadro que mostra a Avenida Paulista relaxa os olhos de quem vive ou viveu aqui por anos e anos.
O pintor usa traços definidos que, misturados com cores foscas (que lembram um pouco as do impressionismo), resultam em um bom trabalho. Uma espécie de sonho daquela São Paulo que ficou guardada em nossas lembranças infantis – uma cidade boa e doce.
Quando se põe a pintar quadros com temas não urbanos, Gruber também impressiona. No “Reserva em Turquesa” (ao lado), constrói os galhos da árvore com filetes de tinta verde, como se eles tivessem escorrido por conta própria na tela.
Outra obra que vale a pena ser vista com mais cuidado é Perdizes, um painel que mostra o bairro e, ao fundo, o Pico do Jaraguá. A vista é a de um apartamento, no final de tarde. As cores fazem o observador não ter certeza se Gruber tenta relatar um sonho ou uma daqueles finais de tarde gostosos passados à janela de um apartamento. Os dois, muito provavelmente.
Saí da exposição leve, e voltei para minha São Paulo. Bem parecida, por sinal, com a cidade retratada.
Local: Espaço Cultural Citigroup (Av. Paulista, 1.111)
Custos:
Salgado: R$ 1,50
Transporte: fui e voltei a pé
Nota: 9
Qual a sua impressão sobre a cidade de São Paulo ou sobre outra cidade? Comente abaixo!
São Paulo fosca, de paixões infantis e sonhos distantes. Com cores esfumaçadas, Gregório Gruber traça uma cidade que faz a imaginação e a memória se cruzarem. Para quem vive nessa metrópole, as cenas têm um impacto ainda maior: Masp, São Bento, Gasômetro (ao lado), centro, tudo é inspiração, tudo é cenário.
Uma criança desce de bicicleta uma rua semideserta. Os pequenos sobrados com suas janelas abertas mostrando o televisor ligado revelam identidades semelhantes de famílias com histórias distintas. E parecidas.
São Paulo de Gruber é a cidade que nós pensamos quando estamos fora dela. Aquela cidade gostosa, cuja lembrança nos acalma. O quadro que mostra a Avenida Paulista relaxa os olhos de quem vive ou viveu aqui por anos e anos.
O pintor usa traços definidos que, misturados com cores foscas (que lembram um pouco as do impressionismo), resultam em um bom trabalho. Uma espécie de sonho daquela São Paulo que ficou guardada em nossas lembranças infantis – uma cidade boa e doce.
Quando se põe a pintar quadros com temas não urbanos, Gruber também impressiona. No “Reserva em Turquesa” (ao lado), constrói os galhos da árvore com filetes de tinta verde, como se eles tivessem escorrido por conta própria na tela.
Outra obra que vale a pena ser vista com mais cuidado é Perdizes, um painel que mostra o bairro e, ao fundo, o Pico do Jaraguá. A vista é a de um apartamento, no final de tarde. As cores fazem o observador não ter certeza se Gruber tenta relatar um sonho ou uma daqueles finais de tarde gostosos passados à janela de um apartamento. Os dois, muito provavelmente.
Saí da exposição leve, e voltei para minha São Paulo. Bem parecida, por sinal, com a cidade retratada.
Local: Espaço Cultural Citigroup (Av. Paulista, 1.111)
Custos:
Salgado: R$ 1,50
Transporte: fui e voltei a pé
Nota: 9
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3 comentários:
Puxa... que vontade de voltar pra Sao Paulo. Uma cidade que eu nao gostava muito quando estava imersa no caos, mas que me faz muita falta agora que estou longe. Uma cidade que eh a minha e que mesmo sendo uma confusao, tudo dificil, me parece agora um descanso de final de tarde quando voce ja nao tem mais nada que fazer e pode curtir o tempo livre.
Gorda
Até quando essa exposição fica em cartaz??
Ah, prato cheio para quem curte literatura, principalmente Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa, é ver a montagem Navegando em Poesia, na Casa das Rosas...
Entrada franca, de sábados e domingos!!
Desculpa se invadi o espaço, mas tinha que deixar essa dica!! rs
oi Mariana!
fiquei sabendo dessa montagem também, e provavelmente irei em um dos dois dias!
vale lembrar que uma das primeiras matérias do Arte Free foi sobre uma peça escrita pelo Fernando Pessoa (O Marinheiro), na própria Casa das Rosas. Pra ver a matéria, é só procurar no nosso índice!
valeu pela dica!
beijos
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