Delírio para os historiadores de plantão
Entrei no Instituto Cervantes meio ao acaso. Estava indo a outro lugar, mas quando passava em frente ao prédio, que fica na Paulista quase com a Consolação, não resisti e dei uma espiada. Vi a primeira foto, a segunda e, quando vi, já tinha desistido de meu outro compromisso. Peguei então a máquina fotográfica e o caderninho de anotações.
Em 1862, uma expedição de reconhecimento deixou a Espanha em direção à América. As três Américas. Nela, uma equipe de naturalistas que tinha como fotógrafo e desenhista Rafael Castro Y Ordóñes foi incumbida de registrar em imagens e pesquisas informações sobre os lugares visitados.
A iluminação da casa reflete nos quadros, o que atrapalha a observação. Mas, mesmo assim, a exposição é interessante. Algumas imagens, como a imagem Trem Para Canarcillo, lembram o velho-oeste americano. As primeiras cidades, com seus caubóis, bandidos e donzelas. Outras, lembram cenas do livro Moby Dick. Não há como não imaginar o Capitão Acab e seus comandados ao olhar a foto do interior da fragata Triunfo, tirada nas Ilhas Malvinas?
O tempo corroeu as imagens, que foram redescobertas há vinte anos, na Espanha. As fotos expostas são cópias tiradas direto das originais, e algumas se mostram bem danificadas. Mesmo assim, há imagens em bom estado de conservação e outros objetos, como rede para caçar borboletas e mochila de documentos.
O que prende a atenção na exposição realmente são as fotos. É agradável passear pelo Instituto Cervantes e se deixar levar pelas imagens. Não só delírio para os historiadores, como eu. Imagino que para qualquer um que tenha um pouco de imaginação. É fantástico perceber que aquelas imagens que tínhamos de um período passado, estereotipadas, podem ser confirmadas ou destruídas. Claro, a foto, em si, é um estereotipo. Mas, ao menos, podemos nos deleitar com um registro visual de 120 atrás.
Curadoria
Soraya Peña
Custos
Cafezinho – R$ 0,70
Transporte – R$ 2,00 (ida e volta no bilhete único)
Total – R$ 2,70
Nota – 8,5
Em 1862, uma expedição de reconhecimento deixou a Espanha em direção à América. As três Américas. Nela, uma equipe de naturalistas que tinha como fotógrafo e desenhista Rafael Castro Y Ordóñes foi incumbida de registrar em imagens e pesquisas informações sobre os lugares visitados.
A iluminação da casa reflete nos quadros, o que atrapalha a observação. Mas, mesmo assim, a exposição é interessante. Algumas imagens, como a imagem Trem Para Canarcillo, lembram o velho-oeste americano. As primeiras cidades, com seus caubóis, bandidos e donzelas. Outras, lembram cenas do livro Moby Dick. Não há como não imaginar o Capitão Acab e seus comandados ao olhar a foto do interior da fragata Triunfo, tirada nas Ilhas Malvinas?
O tempo corroeu as imagens, que foram redescobertas há vinte anos, na Espanha. As fotos expostas são cópias tiradas direto das originais, e algumas se mostram bem danificadas. Mesmo assim, há imagens em bom estado de conservação e outros objetos, como rede para caçar borboletas e mochila de documentos.
O que prende a atenção na exposição realmente são as fotos. É agradável passear pelo Instituto Cervantes e se deixar levar pelas imagens. Não só delírio para os historiadores, como eu. Imagino que para qualquer um que tenha um pouco de imaginação. É fantástico perceber que aquelas imagens que tínhamos de um período passado, estereotipadas, podem ser confirmadas ou destruídas. Claro, a foto, em si, é um estereotipo. Mas, ao menos, podemos nos deleitar com um registro visual de 120 atrás.
Curadoria
Soraya Peña
Custos
Cafezinho – R$ 0,70
Transporte – R$ 2,00 (ida e volta no bilhete único)
Total – R$ 2,70
Nota – 8,5
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