A menina que cantou o Rio
Sabe aqueles dias em que você não quer sair de casa? Tem programações culturais ótimas rolando pela cidade, mas bate aquela preguiça... Estava assim, e por pouco não deixei tudo de lado para me atirar ao “cama e televisão”, mas decidi levantar e ir para o Sesc Consolação assistir a um show, de Ana Costa.
Não sabia quem era Ana, nem que estilo de música tocaria. Sentei em uma das mesas da lanchonete (o palco fica em frente à lanchonete) e esperei para ver no que ia dar.
Fiz bem em sair de casa, e isso eu notei logo de cara. O samba de Ana Costa é o do tipo mais tradicional: carioca, gingado e bom - e trazia no repertório músicas de Aldir Blanc, Noel Rosa e outros. Cantava o morro; músicas que lembram quase sempre a boemia do Rio e a malandragem branca dos reis do carnaval. O som me deixou, de repente, feliz.
Cantando com um belo sorriso no rosto, Ana tem uma voz que parece a de Paulinho da Viola – versão feminina, claro. Composta por quatro integrantes - violão, cavaquinho, percussão e voz – a banda perfaz o samba de raiz com arranjos simples, de com poucos solos e sem virtuosismos. Um show que te deixa numa espécie de torpor.
Quando começou a apresentação, o local estava quase vazio. Aos poucos, pessoas de todos os lados foram chegando e se aproximando. Sentava, ouviam e ficavam. A reação era quase sempre essa. Enquanto isso, o público ia se empolgando mais e mais, batendo palmas ritmadas no meio das canções e cantando junto com Ana as mais famosas. A vocalista aproveitava todo o embalo e interagia com o público, pedindo para cantarem junto.
Então Ana pegou o violão de Wallace Peres. O violonista ficou parado na primeira canção. Na segunda, pegou um discreto instrumento de percussão. Na terceira, roubou o cavaco de Alceu Maia, que, por sua vez tomou emprestado o pandeiro de Bianca Calcagni, que teve de trocar de instrumento. Uma festa! Ou, como disse o Alceu: “provando e comprovando nossa versatilidade”, parafraseando Bezerra da Silva.
Uma hora de show, como é de costume nesse espaço do Sesc Consolação. Levemente, o público começou a se levantar e logo não se via mais ninguém, além de algumas pessoas que queriam adquirir o cd novo de Ana, Meu Carnaval.
Banda
Ana Costa – cantora
Bianca Calgagni – percussão e voz
Alceu Maia (cavaquinho)
Wallace Peres (violão)
Set List: 1.Raças do Brasil – 2.Semente do samba – 3.Brasileiro da gema – 4.Supremo e divinal – 5.Pra que pedir perdão? – 6.Feitiço da vila/Palpite infeliz – 7.Ex amor – 8.Olhos felizes – 9.Não importa mais o dia – 10.Senhora liberdade – 11.Meu carnaval
Nota – 8,5
Custos
Ônibus – R$ 2,00 (ida e volta no bilhete único de estudante)
Sanduíche e refrigerante – R$ 3,10
Total – R$ 5,10
Ana Costa – cantora
Bianca Calgagni – percussão e voz
Alceu Maia (cavaquinho)
Wallace Peres (violão)
Set List: 1.Raças do Brasil – 2.Semente do samba – 3.Brasileiro da gema – 4.Supremo e divinal – 5.Pra que pedir perdão? – 6.Feitiço da vila/Palpite infeliz – 7.Ex amor – 8.Olhos felizes – 9.Não importa mais o dia – 10.Senhora liberdade – 11.Meu carnaval
Nota – 8,5
Custos
Ônibus – R$ 2,00 (ida e volta no bilhete único de estudante)
Sanduíche e refrigerante – R$ 3,10
Total – R$ 5,10
Um comentário:
Adorei a matéria...Fiquei até com vontade de ouvir Ana Costa!
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