Cerca de quinze mil pessoas passaram pelo Bourbon Street Fest neste domingo. Tinha muita gente mesmo, bebida era vendida por toda parte e havia a evidente dificuldade de locomoção. Quanto mais perto do palco se estivesse, mais difícil respirar.
A rua dos Chanés foi fechada, e nela montada o palco. A festa começava, na verdade, na Alameda dos Pamaris, virava a esquerda na esquina do Bourbon Street e acabava no palco.
O Festival que trouxe bandas de New Orleans começou domingo passado com shows no Parque do Ibirapuera. Alguns shows foram pagos durante a semana no Bourbon Street e o evento acabou neste domingo, com a já tradicional festa de rua.
Fernanda, Carol e Luciano conferiram de perto cada um dos três shows dessa tarde musical, e contam o que aconteceu.
A rua dos Chanés foi fechada, e nela montada o palco. A festa começava, na verdade, na Alameda dos Pamaris, virava a esquerda na esquina do Bourbon Street e acabava no palco.
O Festival que trouxe bandas de New Orleans começou domingo passado com shows no Parque do Ibirapuera. Alguns shows foram pagos durante a semana no Bourbon Street e o evento acabou neste domingo, com a já tradicional festa de rua.
Fernanda, Carol e Luciano conferiram de perto cada um dos três shows dessa tarde musical, e contam o que aconteceu.
LITTLE FREDDIE KING
por Fernanda Almeida Silva
Quase quatro horas da tarde e uma Rua dos Chanés já relativamente cheia. Tarde de sol bastante agradável: as pessoas estavam descontraídas, conversando, algumas sentadas pelas calçadas, antes que o primeiro show começasse.
Os poucos minutos de atraso foram compensados pelos quatro componentes que ocuparam o palco trazendo o espírito marcante do blues. Little Freddie King, com seus mais de sessenta anos, contagiou o público. Nada mais natural para um artista que já participou de inúmeros festivais em países como Canadá, França, Suíça, Holanda, Inglaterra e Hungria. Em seu próprio país, os Estados Unidos, participou trinta e cinco vezes dos festivais de Nova Orleans, cidade onde o artista cresceu e apurou o estilo musical herdado do pai, Jessie James Martin, guitarrista de blues.
Um dos pontos altos foi a música “Bad Chicken”, quase ao final do show, em que as guitarras imitavam sons de galinha, enquanto Little Freddie King divertia os espectadores com seus gritos. A apresentação teve animação crescente e cada vez mais pessoas chegavam ao Festival.
Enquanto a tarde caía, Little Freddie King ia se despedindo, bastante agradecido, do público que o aplaudia satisfeito. Com pouco mais de uma hora de show, os músicos de Nova Orleans não deixaram a desejar e esquentaram muito bem o palco para “Bonerama”, atração seguinte.
CUSTO
Transporte – R$ 0,00 (fui e voltei a pé)
Comes e bebes – R$ 6,00
Nota – 9,0
BONERAMA
por Carolina Splendore Cameron
Cinco e meia da tarde. Pessoas não paravam de chegar. Muitas pessoas. O Blues e R&B do Little Freddie King havia terminado há pouco e no palco já preparavam as coisas para a apresentação da próxima banda.
Seis horas da tarde. Aplausos. Os quatro trombones subiam ao palco, era o ponto alto da noite: na formação original, a banda de Bass Funk & Soul criada em 1998, foi anunciada: Bonerama!
Nesta hora eu ainda estava no longo percurso em direção ao palco, “com licença”, “opa, desculpe”, “moço, me deixa passar por favor”. Até que algum tempo depois consegui chegar na grade. Quase em frente ao palco! Quase, porque não havia jeito de transpor o grande espaço – este sim, em frente ao palco - de área vip.
Cada um dos trombones estava em um timbre, harmonizados com a guitarra e a bateria que também integravam a banda, além de uma tuba, usada como baixo. Impossível ficar parada.
O som dos trompetes lembrava em muitas horas o de guitarras. Com trombones distorcidos, fizeram a alegria tanto dos fãs rock – como quando tocaram Jimi Hendrix – quanto dos fãs de jazz.
Ovacionados, saíram do palco à sete e vinte da noite.
Custos
3,00 comes e bebes (carona de ida e volta - obrigada amigos)
nota - 9,00
ROCKIN’ DOPSIE, JR & THE ZYDECO TWISTERS
por Luciano Piccazio Ornelas
“Get up ahhhh”. James Brown na veia e começa o derradeiro show da noite, último do festival. A banda traria o único saxofone do dia, e confesso que estava sentindo falta deste instrumento nos shows anteriores. Não que ele tenha feito muita diferença, não fez, mas é sempre bom para os olhos.
A banda tem uma pegada forte e um repertório de músicas conhecidas. Musicalmente não trazem nenhuma informação nova, mas o objetivo primeiro eles conseguiram: fizeram quinze mil pessoas pularem ininterruptamente durante uma hora e meia.
Apresentaram uma música funkeada, com o performático vocalista Rockin’ Dopsie, Jr fazendo gracinhas o tempo inteiro. Com calças justas, pulava, rebolava, dançava e animava a galera presente.
Canções como Purple Rain e Superstiction se misturaram com Fever e No Woman no cry, além de duas do James Brown – Get Up e I feel good. Nesta última, o cantor nem se atreveu a tentar dar os agudos de Brown.
A formação tem realmente alguns instrumentos inusitados para uma banda cover de rock e funk, como acordeon e um washboard, instrumento percussivo que Dopsie levava ao peito. A diferença que estes faziam era mínima, mas dava um toque visual a mais.
Como resultado final da banda o público teve um excelente começo de noite para aquela festa que ainda seguiu noite adentro. Uma banda cover que reproduziu com qualidade alguns clássicos musicais.
Custos
nota - 9,00
ROCKIN’ DOPSIE, JR & THE ZYDECO TWISTERS
por Luciano Piccazio Ornelas
“Get up ahhhh”. James Brown na veia e começa o derradeiro show da noite, último do festival. A banda traria o único saxofone do dia, e confesso que estava sentindo falta deste instrumento nos shows anteriores. Não que ele tenha feito muita diferença, não fez, mas é sempre bom para os olhos.
A banda tem uma pegada forte e um repertório de músicas conhecidas. Musicalmente não trazem nenhuma informação nova, mas o objetivo primeiro eles conseguiram: fizeram quinze mil pessoas pularem ininterruptamente durante uma hora e meia.
Apresentaram uma música funkeada, com o performático vocalista Rockin’ Dopsie, Jr fazendo gracinhas o tempo inteiro. Com calças justas, pulava, rebolava, dançava e animava a galera presente.
Canções como Purple Rain e Superstiction se misturaram com Fever e No Woman no cry, além de duas do James Brown – Get Up e I feel good. Nesta última, o cantor nem se atreveu a tentar dar os agudos de Brown.
A formação tem realmente alguns instrumentos inusitados para uma banda cover de rock e funk, como acordeon e um washboard, instrumento percussivo que Dopsie levava ao peito. A diferença que estes faziam era mínima, mas dava um toque visual a mais.
Como resultado final da banda o público teve um excelente começo de noite para aquela festa que ainda seguiu noite adentro. Uma banda cover que reproduziu com qualidade alguns clássicos musicais.
Custos
Transporte - R$ 2,00 (ida e volta no bilhete único)
Nota - 7
3 comentários:
Putz, eu queria mto ter ido a essa apresentação...
A divisão da matéria em três , com três visões diferentes ficou mto interessante =)
Parabéns aos três =)
Bonerana foi demais.
Os vi tocando 3 dias.. e babei nos 3 dias...
Muito bom.
Eu fui em todos os dias e todas as noites! Parabens ao Bourbon Street pelo Festival SENSACIONAL!
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