Curta!
A mostra de curtas Curta Petrobrás às Seis inicia-se solitária.
A 15 minutos para as seis hora da tarde, chego ofegante ao Espaço Unibanco que, juntamente com o espaço Unibanco Arteplex e o Cinemark shopping Santa Cruz, exibem a mostra. Esperançosa em encontrar uma enorme fila que me levaria aos últimos lugares da sala – neste caso, os últimos lugares seriam, com certeza, os primeiros, que rendem até torcicolo – me decepciono ao entrar no Espaço. Nenhuma filazinha sequer. Porém, ainda com esperanças em ver a abertura de uma mostra gratuita lotada, deduzi que não vi filas porque todos os presentes já haviam se acomodado nas poltronas da sala 3 (189 lugares), afinal, estava quase atrasada. Entrego meu bilhete, passo a catraca, avanço à sala e... Deparo-me com 180 opções de escolha!
Não verei os pixels do filme, não herdarei torcicolos e outras dores por sentar na primeira fila, mas, ainda assim, me é quase impossível não ficar chateada e pensar que a cultura, embora muitas vezes gratuita, não é acessível a todos. Seria falta de interesse? Falta de divulgação? O horário seria limitante?
Enfim, a mostra de curtas Petrobrás inicia-se. Apenas.
O primeiro curta foi praticamente uma reconstituição do enterro de Glauber Rocha, com imagens feitas por cineastas e admiradores, “no enterro que reuniu o maior número de câmeras”, segundo o filme de 2005, batizado de A Degola Fatal. O segundo, Mademoiselle Cinema, uma animação que data de 1994, foi bonitinho. O terceiro, O Som da Luz do Trovão, de 2005, foi interessante. O tema: o “inventador”, como se autodenomina, Evangelista Ignácio de Oliveira, habitante da cidade de Serra Talhada, PE, e famoso por suas inteligentes e providenciais invenções. O quarto e último curta exibido, foi O Artista Contra o Caba do Mal, que tem como máxima, a frase: “o artista nunca é assassino, o cabra é que é morredor”.
É assim a abertura: com qualidade, porém, sem aplausos.
Nota: 7,5
Custos: 0,00 ida e 0,00 volta (fui a pé) + pão de queijo 2,00 + ice tea 2,00
Total: R$ 4,00
3 comentários:
Adorei o seu blog.
Boa matéria Carol!
Tomara que a moçada se toque e vá correndo ver os curtas
Fiquei sabendo muito da aventura de chegada, da bem levantada questao da ausencia de pessoas, mas fiquei sem saber nada dos filmes...
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