21.8.06

The Mists of Avalon - Cultura Inglesa Higienópolis- 20/08/06

Entre as Brumas e Avalon

Não sabia ao certo o que esperar da peça “The Mists of Avalon”, adaptação do romance homônimo de Marion Zimmer Bradley que reconta as lendas do Rei Arthur sob a ótica das mulheres personagens da mesma, como Morgana e Guinevere. Já havia visto o filme (As Brumas de Avalon, título em português) e ficado absolutamente encantada, diferente dos fãs mais xiitas das lendas do Rei Arthur, que criticam o filme por ser superficial. Resolvi ir à peça, mas não com tantas expectativas, sabia apenas alguma coisa do enredo e que seria encenada em inglês.

Cheguei na Cultura Inglesa com uma hora de antecedência, às 18, imaginando que o ingresso deveria ser retirado antes, como é de praxe em shows e teatros gratuitos. Errado. Os ingressos foram distribuídos dez minutos antes do inicio da peça, que começou com uns quinze de atraso.

Todos acomodados e a peça finalmente começa. São muitos atores em cena e o entendimento das falas das personagens às vezes é dificultado pela pronuncia dos atores. A peça é um musical, são exibidas coreografias bem elaboradas e os artistas que cantam, o fazem muito bem. Esses momentos são os que realmente prendem a atenção do público no espetáculo e o envolvem mais na história.

Os outros momentos da peça deixam um pouco a desejar. Um problema da adaptação do romance para o teatro é que a história é de fato muito longa e complexa – o filme tem três horas de duração e o livro é composto de quatro volumes. No teatro, a narrativa acaba se perdendo nos intervenções musicais e é claramente apressada no final da peça de forma que o espectador não entende como ocorrem algumas mortes ou de onde vieram determinados personagens.

A peça durou mais de duas horas, e cansou. Os atores não conseguem segurar a atenção do público durante tanto tempo, e acredito que muitos que não leram o livro ou não viram o filme não conseguiram entender a peça muito bem ou caracterizar os personagens-chave do modo como deveriam ser compreendidos.

Não foi decepcionante, pois não fui esperando algo que me encantasse do mesmo modo que o filme. Fica a boa impressão da voz e coreografias, mas também a não-tão-boa impressão de ter assistido a algo próximo de um teatro-amador.

Custos - nada para ir (carona) + 1 real para voltar de ônibus
Nota - 6

2 comentários:

Anônimo disse...

Também assisti o musical ontem. Mesmo sendo longo, gostei bastante. Esperei os atores para cumprimentá-los pessoalmente e todos com quem falei foram muito simpáticos e atenciosos.
Eu soube também que o elenco conta com alguns alunos e ex-alunos da própria Cultura Inglesa e que nem todos ali são profissionais. Ganharam ainda mais minha admiração.
Sou fã dessa história e gostei muito dos personagens principais: Mordred, Arthur, Lancelot, Guinevere, Morgaine... o povo encantado também era maravilhoso.
Curti muito!!!

Anônimo disse...

Uau! Que legal ter encontrado estes comentários 4 anos após a estréia! Eu fui um dos organizadores da producao e atuei como Arthur.

Esta montagem foi uma iniciativa da Cultura inglesa em apoiar eventos em língua Inglesa. Os próprios atores arcaram com os custos pois foi uma montagem amadora apesar de alguns serem profissionais mas viverem de outras fontes.

O mais legal foi ter podido proporcionar um espetáculo modesto em Ingles gratuíto e reunir o pessoal que curte o tema!

Abraco para todos que nos prestigiaram!!!