Confesso que já fui várias vezes neste museu. O MAC – Museu de Arte Contemporânea – fica dentro da USP, e, como aluno, sempre passo na frente. Por vezes entro.
Desta vez, uma excursão de treze pequenos alunos visitava o local, e três adultos os acompanhavam. Elas vestiam roupas cor-de-laranja, e olhavam com um misto de espanto e curiosidade para Volpi, Tarsila do Amaral e Cia.
O museu é um pequeno aperitivo artístico. Apenas um ou dois quadros de cada autor de renome, tais como Tarsila do Amaral, Picasso, Marc Chagal e outros. Senti falta de mais obras de alguns autores, como Di Cavalcanti (há somente um).
Apesar disso, há uma criteriosa escolha das obras: são preferencialmente das décadas de 20 e 30, com cores foscas e cenários específicos, como bares e marinas. Obviamente não falamos aqui dos quadros abstratos, também em bom número.
Um dos mais impressionantes quadros é de Ottone Rosai, chamado Estalagem (fig.2). Mostra quatro homens num bar, e logo temos a impressão de sermos testemunhas de uma conversa informal entre mafiosos italianos. Os traços não são bem definidos, e dão uma sensação de ilusão, sonho; fazem com que esta imagem fique na cabeça e dê lugar a mil interpretações diferentes. O bar mafioso é apenas uma delas.
Outra obra nesse estilo é Os Emigrantes, de Mário Sironi (fig.1). Exibe uma cena da emigração nordestina para o Sudeste brasileiro; uma família vindo em tristeza absoluta, cujo um dos integrantes monta um cavalo igualmente triste. Aqui as cores também são foscas, cor-de-terra.
Desta vez, uma excursão de treze pequenos alunos visitava o local, e três adultos os acompanhavam. Elas vestiam roupas cor-de-laranja, e olhavam com um misto de espanto e curiosidade para Volpi, Tarsila do Amaral e Cia.
O museu é um pequeno aperitivo artístico. Apenas um ou dois quadros de cada autor de renome, tais como Tarsila do Amaral, Picasso, Marc Chagal e outros. Senti falta de mais obras de alguns autores, como Di Cavalcanti (há somente um).
Apesar disso, há uma criteriosa escolha das obras: são preferencialmente das décadas de 20 e 30, com cores foscas e cenários específicos, como bares e marinas. Obviamente não falamos aqui dos quadros abstratos, também em bom número.
Um dos mais impressionantes quadros é de Ottone Rosai, chamado Estalagem (fig.2). Mostra quatro homens num bar, e logo temos a impressão de sermos testemunhas de uma conversa informal entre mafiosos italianos. Os traços não são bem definidos, e dão uma sensação de ilusão, sonho; fazem com que esta imagem fique na cabeça e dê lugar a mil interpretações diferentes. O bar mafioso é apenas uma delas.
Outra obra nesse estilo é Os Emigrantes, de Mário Sironi (fig.1). Exibe uma cena da emigração nordestina para o Sudeste brasileiro; uma família vindo em tristeza absoluta, cujo um dos integrantes monta um cavalo igualmente triste. Aqui as cores também são foscas, cor-de-terra.
Difere destes traços impressionistas o quadro de Gianfilippo Usellini, O Cardeal (fig. 3). Com traços definidos, mostra um cardeal com roupa de um vermelho forte, cujo longo véu de sua capa é carregado por dois coroinhas. A primeira sensação é de estranhamento, já que estão em um corredor enorme, que os faz pequenos. Mas, se seguirmos o olhar do clérigo e de seus ajudantes, vemos que miram um demônio que está na parte superior da tela. Algo que não observamos na primeira olhada.
O museu tem pequenas esculturas, como a de Vitor Brecheret (fez o Monumento às Bandeiras, que fica na frente do Parque do Ibirapuera). A mais interessante é, sem dúvida, a Você Faz Parte II, de Nelson Leirner. É uma obra cheia de chaves e fechaduras, e tem uma surpresa bem interessante.
Saí de lá e as crianças cor-de-laranja ainda ouviam seus professores, mas já tinham mudado de sala.
Custos
R$ 2,00 (ônibus ida e volta no bilhete único)
Nota – 9
(imagens retiradas do site do MAC)
O museu tem pequenas esculturas, como a de Vitor Brecheret (fez o Monumento às Bandeiras, que fica na frente do Parque do Ibirapuera). A mais interessante é, sem dúvida, a Você Faz Parte II, de Nelson Leirner. É uma obra cheia de chaves e fechaduras, e tem uma surpresa bem interessante.
Saí de lá e as crianças cor-de-laranja ainda ouviam seus professores, mas já tinham mudado de sala.
Custos
R$ 2,00 (ônibus ida e volta no bilhete único)
Nota – 9
(imagens retiradas do site do MAC)
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