Je ne parle pas français
A sala estava lotada. Todos ansiosos para ver o tão comentado e premiado “Caché” do diretor Michael Haneke. Tudo o que eu sabia era o que um amigo meu havia me dito: “é irado, uma puta crítica!”, sobre o quê, a partir do quê, eu nem imaginava.
As luzes se apagam e o filme começa com uma cena estática: uma casa, uma rua, silêncio e créditos. É essa narrativa lenta e silenciosa que leva o espectador para conhecer um pouco da vida da típica família de classe-média Laurent, dona da casa filmada na primeira cena.
A tranqüilidade na qual a família vive é ameaçada por fitas que gravam a frente da casa deles, acompanhadas por desenhos infantis que são deixados na porta da residência. O personagem Georges, o patriarca, tenta saber quem poderia estar vigiando e aterrorizando a sua vida e de sua família.
Lembra-se do filho dos empregados de seus pais, um argelino que vivia na casa da família quando ambos eram crianças. Georges tenta esconder do resto da família as maldades que havia cometido em sua infância com o argelino que poderiam tê-lo levado a vigiar sua vida.
É através desse enredo dúbio que é vida de Georges, tentando esconder seu passado e sua verdadeira visão de mundo para manter seu status e aparência diante de seus amigos, que o diretor Haneke fala sobre a xenofobia que permeia a sociedade francesa.
As luzes se apagam e o filme começa com uma cena estática: uma casa, uma rua, silêncio e créditos. É essa narrativa lenta e silenciosa que leva o espectador para conhecer um pouco da vida da típica família de classe-média Laurent, dona da casa filmada na primeira cena.
A tranqüilidade na qual a família vive é ameaçada por fitas que gravam a frente da casa deles, acompanhadas por desenhos infantis que são deixados na porta da residência. O personagem Georges, o patriarca, tenta saber quem poderia estar vigiando e aterrorizando a sua vida e de sua família.
Lembra-se do filho dos empregados de seus pais, um argelino que vivia na casa da família quando ambos eram crianças. Georges tenta esconder do resto da família as maldades que havia cometido em sua infância com o argelino que poderiam tê-lo levado a vigiar sua vida.
É através desse enredo dúbio que é vida de Georges, tentando esconder seu passado e sua verdadeira visão de mundo para manter seu status e aparência diante de seus amigos, que o diretor Haneke fala sobre a xenofobia que permeia a sociedade francesa.
Haneke cria polêmica tanto no plano da própria narrativa do filme, como nos temas transversais colocados ao decorrer do filme. É difícil saber quem manda as fitas e desenhos para Georges; cabe ao espectador colocar-se no papel de julgar (ou não) os personagens de acordo com seus próprios (pré)conceitos. Da mesma maneira, de modo sutil, o diretor trás à tona temas difíceis de serem discutidos, principalmente na França, como a xenofobia, a alienação da classe média e postura superior dos países desenvolvidos ante aos subdesenvolvidos.
O ritmo lento do filme, as cenas e diálogos um tanto quando monótonos construídos pelo diretor, que podem causar sono ou distração ao espectador mais desavisado, são brilhantemente quebrados pelo momento de clímax no filme, onde o cinema inteiro ficou literalmente boquiaberto, pronto para mergulhar de novo no universo confuso e conflituoso de George e da França contemporânea.
Custos - Nada
(O filme "Caché" integra a mostra "Europa:Imigrações" exibida gratuitamente pelo Cinusp durante todo o mês de Outubro)
3 comentários:
Esse filme é ótimo mesmo! Mas eu vi em cartaz! Paguei... :(
Parabéns pelo weblog! É ótimo.
fiquei curiosa pra ver.
gostei do serviço no final dos textos, com custo e nota.
muito legal, viu?
os cadernos de cultura dos jornais deveriam fazer isso.
que bom encontrar uma pag como esta para estar por dentro do que acontece na cultura...
beijos
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