Poesia na Casa das Rosas
Passei na Casa das Rosas pra ver a exposição de fotos que tava rolando lá. Quando entrei, vi microfones, cadeiras, pessoas. Perguntei o que estava acontecendo, e um homem alto, com voz de barítono, me disse: vai ter uma leitura de poesias. Uma bela menina, vestida de vermelho, me deu melhores informações.
Quando estava decidindo se ficaria lá ou não, tirei meu disk-man da mala para desligá-lo. Foi quando a menina deu um grito! Logo depois, explicou: você pode emprestar essa coisa aí que eu não sei o nome pra gente? É que esquecemos de trazer o som, e queríamos colocar um sonzinho ambiente enquanto as pessoas vão chegando. Fiquei.
A leitura de poemas, teoricamente, começaria às 20h, mas o atraso de um dos membros do time de poetas os fez esperar meia hora. Como este não aparecia, começaram. Nesta hora, havia 16 pessoas do lado direito da platéia e 18 do lado esquerdo, ou seja, o saguão da Casa das Rosas estava parcialmente cheio.
Um palco com uma mulher ao violão – Marina Fama – com seu microfone e outro microfone para os recitadores. Marina toca uma canção de sua autoria, “Maria da mais-valia”. Um começo um pouco desafinado, mas que logo acha sintonia, de estilo MPB “saltitante”, e com letra chamativa. Boa música.
Os poetas estavam sentados nas duas primeiras fileiras. Poesias curtas, por vezes boas, por vezes medianas. Destaque para a menina que havia pegado meu disk-man emprestado, e que recitava com um pouco mais de entusiasmo e força que os demais – e que se apresentou formalmente, Carol Martins. Também para o homem com voz de barítono, Nelson Vilaronga.
Atrapalhou muito Marina tocando violão durante as leituras das poesias. Parecia fora de contexto; era um mesmo tema (não muito bem definido) para poesias diversas, pessoas diferentes. Soava mais como barulhinhos de quem está só brincando com o instrumento do que um fundo musical.
Quando quase todos já haviam recitado uma poesia cada, chegou o elemento que faltava, Calixto. Sentou-se, esperou as últimas pessoas lerem e foi ele declamar a sua. Ao menos, assim pensava eu. Então, explicou do que se tratava todo o projeto. Ele, na verdade, não era somente mais um dos que estavam lá a recitar poesias, mas sim o professor de um curso de poesias da Casa das Rosas, e aqueles poetas eram seus alunos. Quase como um trabalho de conclusão de curso.
Depois de falar, sentou ainda sob aplausos, e as poesias voltaram à ativa. O tema sexo foi bem utilizado, até demais, mas sobraram ainda outros, como alma, solidão e afins.
Foi um belo começo de noite: ouvir poesias boas, que não eram geniais (nem tinham a pretensão de sê-lo), mas que agradavam, expressavam sinteticamente a intenção dos autores/leitores e deixava contentes os parentes, amigos e demais presentes.
Ao final, um presente. A violonista Marina chama ao palco Adriana Gava para cantar, e Renato Banti para tocar percussão. Nelson Vilaronga já estava no palco, e começam a música, então. “Eu sei que vou te amar”, com direito à récita do “Soneto da Fidelidade” recitada pelo barítono. Ainda tocaram mais duas músicas antes de saírem, todos, aplaudidos de pé.
Custos
Transporte (fui e voltei a pé)
Café – R$ 1,20
Nota – 8
Poetas:
Sandra Ciccone Ginez, Leonel Dellalana Júnior, Carol Martins, Edna Mecelis, Andréa Catrópa, Paulo Perez, Marina Fama, Nelson Vilaronga, Diniz Júnior
Passei na Casa das Rosas pra ver a exposição de fotos que tava rolando lá. Quando entrei, vi microfones, cadeiras, pessoas. Perguntei o que estava acontecendo, e um homem alto, com voz de barítono, me disse: vai ter uma leitura de poesias. Uma bela menina, vestida de vermelho, me deu melhores informações.
Quando estava decidindo se ficaria lá ou não, tirei meu disk-man da mala para desligá-lo. Foi quando a menina deu um grito! Logo depois, explicou: você pode emprestar essa coisa aí que eu não sei o nome pra gente? É que esquecemos de trazer o som, e queríamos colocar um sonzinho ambiente enquanto as pessoas vão chegando. Fiquei.
A leitura de poemas, teoricamente, começaria às 20h, mas o atraso de um dos membros do time de poetas os fez esperar meia hora. Como este não aparecia, começaram. Nesta hora, havia 16 pessoas do lado direito da platéia e 18 do lado esquerdo, ou seja, o saguão da Casa das Rosas estava parcialmente cheio.
Um palco com uma mulher ao violão – Marina Fama – com seu microfone e outro microfone para os recitadores. Marina toca uma canção de sua autoria, “Maria da mais-valia”. Um começo um pouco desafinado, mas que logo acha sintonia, de estilo MPB “saltitante”, e com letra chamativa. Boa música.
Os poetas estavam sentados nas duas primeiras fileiras. Poesias curtas, por vezes boas, por vezes medianas. Destaque para a menina que havia pegado meu disk-man emprestado, e que recitava com um pouco mais de entusiasmo e força que os demais – e que se apresentou formalmente, Carol Martins. Também para o homem com voz de barítono, Nelson Vilaronga.
Atrapalhou muito Marina tocando violão durante as leituras das poesias. Parecia fora de contexto; era um mesmo tema (não muito bem definido) para poesias diversas, pessoas diferentes. Soava mais como barulhinhos de quem está só brincando com o instrumento do que um fundo musical.
Quando quase todos já haviam recitado uma poesia cada, chegou o elemento que faltava, Calixto. Sentou-se, esperou as últimas pessoas lerem e foi ele declamar a sua. Ao menos, assim pensava eu. Então, explicou do que se tratava todo o projeto. Ele, na verdade, não era somente mais um dos que estavam lá a recitar poesias, mas sim o professor de um curso de poesias da Casa das Rosas, e aqueles poetas eram seus alunos. Quase como um trabalho de conclusão de curso.
Depois de falar, sentou ainda sob aplausos, e as poesias voltaram à ativa. O tema sexo foi bem utilizado, até demais, mas sobraram ainda outros, como alma, solidão e afins.
Foi um belo começo de noite: ouvir poesias boas, que não eram geniais (nem tinham a pretensão de sê-lo), mas que agradavam, expressavam sinteticamente a intenção dos autores/leitores e deixava contentes os parentes, amigos e demais presentes.
Ao final, um presente. A violonista Marina chama ao palco Adriana Gava para cantar, e Renato Banti para tocar percussão. Nelson Vilaronga já estava no palco, e começam a música, então. “Eu sei que vou te amar”, com direito à récita do “Soneto da Fidelidade” recitada pelo barítono. Ainda tocaram mais duas músicas antes de saírem, todos, aplaudidos de pé.
Custos
Transporte (fui e voltei a pé)
Café – R$ 1,20
Nota – 8
Poetas:
Sandra Ciccone Ginez, Leonel Dellalana Júnior, Carol Martins, Edna Mecelis, Andréa Catrópa, Paulo Perez, Marina Fama, Nelson Vilaronga, Diniz Júnior
2 comentários:
Olá Luciano!!!
Que delícia ver essa crítica tão bem escrita e que condiz com o evento em si.
Obrigada pelo disk man...rs...eu sei o nome...e tb pela presença...
Adorei vc ter postado aqui o meu poema...mas tem um acerto que precisa ser feito...
No décimo segundo verso... tem um "Mais" que deveria ser "Mas", um pequeno erro de digitação que faz toda a diferença... favor corrigí-lo.
Esse poema foi feito horas antes, vc pegou teoricamente o meu rascunho e única cópia com correções a mão, ;).
Muito obrigada mais uma vez...espero vc em outro Sarau.
Carol
Oi Carol, poema corrigido!
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