Um misto de ilusão e realidade
O ambiente escuro, com imagens reproduzidas como sombras em tecidos que serviam de parede para a caverna, abre a exposição “Ilusão de Verdade”, no SESC Pompéia. A exposição é uma realização SESC São Paulo e conta com a cenografia de Osvaldo Gabrieli para as instalações, jogos de espelhos, performances e reprodução de filmes e imagens.
A primeira instalação é a “Caverna de Platão”, alusão direta ao mito do filósofo. Com uma das melhores metáforas do universo filosófico, o mundo das ilusões nos é apresentado. Lectícia, monitora na exposição, explica com didática e concisão o mito e convida-nos a experimentá-lo. Sombra de peixes e pessoas são reproduzidas nas paredes de tecido, criando um ambiente similar ao dos presos na caverna: condenados a ver sombras reproduzidas e tomá-las como verdadeiras.
Como num convite para sairmos das trevas, a monitora indica o caminho para se chegar à outra sala. O mundo já estava ganhando cores, porém ainda não isento de ilusões, numa difícil tarefa de separar o real do irreal.
O “Corredor dos Espelhos”, que levava a um grande saguão branco, formava um labirinto confuso no qual era possível se ver por diversos ângulos. Estranho sentir-se observada por si mesma.
Quatro tendas intituladas de “Salas dos Sentidos” estavam dispostas no saguão: cada uma de uma cor, as salas eram todas climatizadas, aconchegantes e com um alto-falante no centro a reproduzir histórias. O mundo já possuía tato, audição, visão e olfato.
O “Corredor do Fogo”, quente, o “Corredor da Tempestade”, com esguichos finos, ventiladores e sons de trovão, e o “Corredor das Texturas” com granulados de borracha cobrindo todo o chão, faziam um conjunto que poderia se chamar: os quatro elementos. O fogo no primeiro corredor, a água e o ar no segundo corredor e a terra, no terceiro corredor. O mundo tinha se completado.
O “Mar Inflável” chamou-me a atenção. Um colchão de lona azul com ar dentro, sons de navios e de ondas quebrando, permitia ser explorado pelos visitantes. Sem sapatos, entravam nas delimitações do “mar” e o experimentavam, como barcos sendo içados por ondas gigantes numa chuva de sensações e liberdade.
As setas indicativas coladas no chão levavam à sala “Mundo do Avesso” que poderia ser assim descrita: banheira no teto, televisão, sofás, cama e mesa presos na parede e uma intuição de que é possível desrespeitar as leis da gravidade.
A próxima parada é no “Salão do Escher” e conta com representações ampliadas das maravilhosas telas de Escher (1898-1972), as distorções geométricas, a exploração de perspectiva, a confusão. Interessante como a escada real deu continuidade à escada representada na tela de Escher. A junção do mundo palpável e do imaginado.
Despedindo-me da exposição, a “Área de Experiências Sensoriais” recebe-me com óculos 3D, que possibilitaram a visão dos painéis invadindo toda a sala e a impressão que poderiam ser, por mim, tocados.
A primeira instalação é a “Caverna de Platão”, alusão direta ao mito do filósofo. Com uma das melhores metáforas do universo filosófico, o mundo das ilusões nos é apresentado. Lectícia, monitora na exposição, explica com didática e concisão o mito e convida-nos a experimentá-lo. Sombra de peixes e pessoas são reproduzidas nas paredes de tecido, criando um ambiente similar ao dos presos na caverna: condenados a ver sombras reproduzidas e tomá-las como verdadeiras.
Como num convite para sairmos das trevas, a monitora indica o caminho para se chegar à outra sala. O mundo já estava ganhando cores, porém ainda não isento de ilusões, numa difícil tarefa de separar o real do irreal.
O “Corredor dos Espelhos”, que levava a um grande saguão branco, formava um labirinto confuso no qual era possível se ver por diversos ângulos. Estranho sentir-se observada por si mesma.
Quatro tendas intituladas de “Salas dos Sentidos” estavam dispostas no saguão: cada uma de uma cor, as salas eram todas climatizadas, aconchegantes e com um alto-falante no centro a reproduzir histórias. O mundo já possuía tato, audição, visão e olfato.
O “Corredor do Fogo”, quente, o “Corredor da Tempestade”, com esguichos finos, ventiladores e sons de trovão, e o “Corredor das Texturas” com granulados de borracha cobrindo todo o chão, faziam um conjunto que poderia se chamar: os quatro elementos. O fogo no primeiro corredor, a água e o ar no segundo corredor e a terra, no terceiro corredor. O mundo tinha se completado.
O “Mar Inflável” chamou-me a atenção. Um colchão de lona azul com ar dentro, sons de navios e de ondas quebrando, permitia ser explorado pelos visitantes. Sem sapatos, entravam nas delimitações do “mar” e o experimentavam, como barcos sendo içados por ondas gigantes numa chuva de sensações e liberdade.
As setas indicativas coladas no chão levavam à sala “Mundo do Avesso” que poderia ser assim descrita: banheira no teto, televisão, sofás, cama e mesa presos na parede e uma intuição de que é possível desrespeitar as leis da gravidade.
A próxima parada é no “Salão do Escher” e conta com representações ampliadas das maravilhosas telas de Escher (1898-1972), as distorções geométricas, a exploração de perspectiva, a confusão. Interessante como a escada real deu continuidade à escada representada na tela de Escher. A junção do mundo palpável e do imaginado.
Despedindo-me da exposição, a “Área de Experiências Sensoriais” recebe-me com óculos 3D, que possibilitaram a visão dos painéis invadindo toda a sala e a impressão que poderiam ser, por mim, tocados.
Vou embora. Penso no mundo das trevas: decifrável, simples, compacto. Penso no mundo real: será?
Cenografia: Osvaldo Gabrieli
Custos: nada (fui e voltei com mamãe)
Nota: 9,5
(Clique nas fotos para vê-las ampliadas. Todas as imagens desta matéria são propriedade exclusiva do Arte Free)
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