20.7.06

Sesi Jazz & Blues (Thaíde) - Sesi - 20/07/06

O valor do carisma


É impressionante o que a presença de palco faz com um show. Eram apenas quatro, sem instrumentos para ocupar espaço. No meio, Thaíde, famoso MC (Mestre de Cerimônias) precursor do hip-hop nacional (junto com o Dj Hum). Formando um “V” a la Power Rangers, GTA e Jubarte, outros dois MC´s que faziam apenas uma voz de fundo. E por falar em fundo, no fundo, não tão no fundo, o DJ Spaiq, e sua roupa azul, que mais parecia um pijama.

Show pontual, auditório nem lotado nem vazio. Mas bastou o MC “entrar na área” para a platéia se animar – e muito. Um cara relativamente baixinho, e muito engraçado, que até fez com que todos se levantassem das cadeiras confortáveis do auditório para pular, repetir o refrão das músicas e balançar a mão enquanto ele rimava.
Thaíde realmente me impressionou. Acho que preciso rever meus conceitos sobre o rap e o hip-hop, porque a qualidade do show, quase sem produção, foi impressionante. A apresentação teve até direito a um medley com suas músicas antigas.

Dj Spaiq – é, é assim que se escreve mesmo - deitou e rolou nas pick-ups, e tirou sons oriundos de lugares nunca dantes visitados pelos tímpanos humanos. Pelo menos os meus. Apesar de ainda achar que o rap está mais para a poesia do que está para a música, eu até balancei as pernas no ritmo da batida e dos “scratchs”. Mas não, não tive coragem de balançar o braço. Um ponto fraco é que achei o espetáculo um tanto quanto curto. Não sei se foi porque realmente foi ou porque foi tão legal que nem vi o tempo passar.

Simpatissíssimo, o rapper, MC, ou como quiserem chamar, até chamou um homem no palco para tirar foto do conjunto, e praticamente arrancou o produtor para cantar uma música com ele. Cheio de rimas inteligentes, saindo da mesmice de rimar particípios e gerúndios, e com uma crítica de resistência ao sistema, Thaíde mostrou a qualidade de sua música. Uma poesia que prega o respeito, paz, dá conselhos, enfim, muito saudável.

Para finalizar, peço permissão ao meu caro amigo Luciano para fazer uso de sua personagem: a moça das maracas. Sim, ela veio ao show para enfernizar o público, mas, dessa vez, com palmas e gritos muito estranhos. Mas teve um atenuante. Ela dormiu no meio do show. Acordou antes de acabar, bateu mais um pouco de palmas, deu mais alguns urros e foi embora. Me arrependi de ter feito graça e pedir um cigarro à ela antes de começar o show (o Luciano, que foi comigo, havia me mostrado a pessoa). Ela me deu três e me mandou fumar todos acendendo um no outro. Fiquei com medo.


Thaíde no Sesi foi:

MC Thaíde
MC GTA – backing vocals
MC JUBARTE – backing vocals
DJ Spaiq – pick-up´s, samples, e outros apetrechos eletrônicos


Débito:
Ônibus para ir e carona para voltar – 2 reais


Quesito show:
presença de palco - 10
som - 10
produção - 5
luz - 7
média - 8

4 comentários:

Anônimo disse...

Vc é um cara que definitivamente não sabe nada de música tentando se passar por critico musical. já não basta a porcia e falta de informação sobre o Violeta

Anônimo disse...

não fui eu quem escreveu a crítica do violeta, meu caro chato de plantão. E não há nenhum equívoco no meu texto do Thaíde, meu caro chato de plantão. Vai ouvir Violeta e ler uns livros de bruxa que você ganha mais

Anônimo disse...

uiia
nao sabia se podia comentar aki ...
mais o blog eh fantastico ...
eh tdu q eu sempre pensei ...
trantando-se d arte, informaçao, e cultura ... eu so contra a "comercializaçao".
kras vcs escrevem mt bem !
adorei ...
visitarei esse racanto de ideias sempre, se puder eh logico !!
valew ... abraço pra vcs !!!
flow

Arte Free disse...

ae cara!

tua matéria tá muito boa. Realmente o Thaíde me surpreendeu, o cara fez um show animal

abs