A conspiração urbana
Tudo parecia conspirar para que eu não conseguisse chegar a tempo de ver o Teatro de Mamulengo que aconteceria às 15h00 no Sesi da Av. Paulista. Para começar, na Av. Giovanni Gronchi esperei mais de uma hora para que passasse o primeiro ônibus. Quando consegui enfim entrar num, uns quatro pontos depois, passamos pelo Estádio do Morumbi, onde logo mais aconteceria um jogo: Palmeiras e Corinthians. Vencida a etapa do estádio quando mais da metade dos passageiros saltaram, pude sentar tranqüilo e aproveitar meu atraso. Desci na Brigadeiro Luís Antônio com a Paulista para caminhar até o Sesi, e de lá ouvia uma música muito alta dos Engenheiros do Hawaii. Era um carro de som com uma mulher gritando e um banner gigante escrito “apartidários”, bem em frente ao Sesi. Não entendi direito do que se tratava.
Porém, a barulheira toda acabou me ajudando. Como não havia jeito do teatro começar com aquele ruído, os atores e músicos esperaram. Cheguei bem na hora que o carro de som foi embora, e pude encontrar com meu afilhado e minha tia que lá estavam há algum tempo. Eram 15h30.
Crianças pequenas lotavam o chão do corredor do lado de fora do Sesi, onde foi encenada a peça. Ele estava completamente tomado. E assim que os bonecos entraram em cena, os pequenos, atentos, riam, se assustavam, conversavam e interagiam com os personagens.
A mostra é apresentada nos finais de semana de julho, e o enredo das peças muda a cada apresentação. Na peça que assisti, duas pessoas controlavam os bonecos atrás de um tapume, um trio musical era responsável pela trilha sonora. Dos músicos, o sanfoneiro era o único que conversava, tanto com os bonecos quanto com a platéia, além de fazer parte da peça como um índio (estava de cocar). A preferência do público pendia, evidentemente, para o lado dos bonecos, inclusive porque o sanfoneiro não tinha lá muito jeito para lidar com o improviso próprio do teatro infantil.
A palavra de ordem é improviso. Improviso de falas, cenas e gestos, que se adaptam ao público. Além do improviso, as características principais de peça são um humor bem brasileiro, cheio de gírias e palavrões, que agradou tanto aos pequenos quanto aos grandes, e uma moral heterodoxa - a história do dia foi a de índios que perdiam suas terras para um americano ganancioso, que suborna a polícia e o representante da Funai. Os indígenas conseguem mudar para as terras do coronel, já que este se diz um fã deles. Todas as histórias fazem referência à cultura brasileira, a começar pela feitura dos bonecos: luvas, varas e varetas, esculpidas numa madeira chamada mulungu (idealizados e concretizados pelo Mestre Valdeck de Garanhuns) (centro na foto 3).
Custos:
Ônibus de ida – R$ 2,00 (voltei a pé)
Nota – 7,5
Manipulação de Bonecos:
Valdeck de Garanhuns
Lidiomar Brito Farias
Philipe Antunes
Músicos:
Oriquerê (sanfona)
Caçula (zabumba)
Porém, a barulheira toda acabou me ajudando. Como não havia jeito do teatro começar com aquele ruído, os atores e músicos esperaram. Cheguei bem na hora que o carro de som foi embora, e pude encontrar com meu afilhado e minha tia que lá estavam há algum tempo. Eram 15h30.
Crianças pequenas lotavam o chão do corredor do lado de fora do Sesi, onde foi encenada a peça. Ele estava completamente tomado. E assim que os bonecos entraram em cena, os pequenos, atentos, riam, se assustavam, conversavam e interagiam com os personagens.
A mostra é apresentada nos finais de semana de julho, e o enredo das peças muda a cada apresentação. Na peça que assisti, duas pessoas controlavam os bonecos atrás de um tapume, um trio musical era responsável pela trilha sonora. Dos músicos, o sanfoneiro era o único que conversava, tanto com os bonecos quanto com a platéia, além de fazer parte da peça como um índio (estava de cocar). A preferência do público pendia, evidentemente, para o lado dos bonecos, inclusive porque o sanfoneiro não tinha lá muito jeito para lidar com o improviso próprio do teatro infantil.
A palavra de ordem é improviso. Improviso de falas, cenas e gestos, que se adaptam ao público. Além do improviso, as características principais de peça são um humor bem brasileiro, cheio de gírias e palavrões, que agradou tanto aos pequenos quanto aos grandes, e uma moral heterodoxa - a história do dia foi a de índios que perdiam suas terras para um americano ganancioso, que suborna a polícia e o representante da Funai. Os indígenas conseguem mudar para as terras do coronel, já que este se diz um fã deles. Todas as histórias fazem referência à cultura brasileira, a começar pela feitura dos bonecos: luvas, varas e varetas, esculpidas numa madeira chamada mulungu (idealizados e concretizados pelo Mestre Valdeck de Garanhuns) (centro na foto 3).
Custos:
Ônibus de ida – R$ 2,00 (voltei a pé)
Nota – 7,5
Manipulação de Bonecos:
Valdeck de Garanhuns
Lidiomar Brito Farias
Philipe Antunes
Músicos:
Oriquerê (sanfona)
Caçula (zabumba)
Leandro (triângulo)
(Clique nas fotos para vê-las ampliadas. Todas as imagens desta matéria são propriedade exclusiva do Arte Free)
2 comentários:
ola eu sou um menino de sete anos tenho varios amigos legais, e sou bem sapeca e estudo numa escola bem legal chamada escola nossa senhora das graças,e eu fui numa pessa no sesque paulista eu gostei muito da pessa,e voce sabia que um sanfoneiro me chamou ao palco ? beijos e abraços de mim
eu gostei bastante da apresentação do grupo do valdeq junto com a lidia (calçula )e o orikere....parabenssssssssss
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